Quando eu achei que estava certa, o erro maior aconteceu. Quando pensei ter o controle, eu o perdi de modo cruel. Quando precisei que me escutassem, todos estavam surdos. Quando eu desejei um dia de paz o mundo estava em guerra e quando eu quis pular na piscina me obrigaram a usar a escada.
Meu pai sempre me disse duas palavras que até entao eu achava que pertenciam apenas ao vocabulario dele: DISCIPLINA e DISPLICENCIA. Eu achava que era uma especie de rima, um poeminha que ele recitava frequentemente. Cresci ouvindo dele essas duas palavras. “Todos nos precisamos de disciplina, assim conseguimos realizar as tarefas!” ou “se somos displicentes nao chegamos a lugar algum”. Faz pouco tempo que me dei conta do real significado delas.
Minha DISPLICENCIA até hoje, me trouxe uma vida facil, um milhao de ideias, um punhado de amigos, uma fantasia colorida de que tudo vai dar certo, uma brisa aventureira dentro do estomago que implorava por um dia a mais, uma hora a mais, uma noite a mais, algo a mais…
Cheguei a conclusao que dessa tal de “disciplina” tenho muito pouco, e vejo que preciso dela para trilhar novos caminhos. E agora? Agora, talvez, seja a vez da DISCIPLINA tomar as redeas e guiar os proximos 30 anos. Talvez aos 60, eu tenha maturidade suficiente para entender que o ideal mesmo, eh ter um pouco de cada, uma misturinha boa das duas “ciencias” para que se leve um vida feliz, que no fim das contas é o que todo mundo quer.
Desse dia em diante, talvez minha vida possa ser regida por apenas uma palavra, EQUILIBRIO.
***
